
Foto: Disney+ / Divulgação
O episódio 3 de “Uma Mente Excepcional” (High Potential) continua explorando as habilidades incomuns de Morgan (Kaitlin Olson) para solucionar crimes, ao mesmo tempo em que desenvolve sua dinâmica com o detetive Karadec (Daniel Sunjata) e sua vida pessoal.
No entanto, apesar de entregar mais um caso interessante, a série tropeça ao tentar inserir conflitos emocionais que soam artificiais. Será que esse episódio conseguiu manter o ritmo dos anteriores?
Sinopse do episódio 3 da série Uma Mente Excepcional (2024)
Desta vez, o crime da semana gira em torno da morte de Ernest Lozano, um homem encontrado sem vida em uma banheira de hotel cercado por um ambiente romântico. O caso rapidamente se complica quando Morgan percebe que a cena foi encenada e que Lozano, na verdade, foi assassinado. Durante a investigação, descobre-se que a identidade da vítima estava errada: ele era, na verdade, Eduardo Cortez, um ex-presidiário que levava uma vida dupla.
O mistério se desenrola enquanto Morgan e Karadec seguem pistas que os levam a uma médica chamada Iris Bowman, que tinha um caso com Lozano/Cortez. Mas a grande reviravolta vem quando se descobre que Eduardo era um golpista que enganava mulheres vulneráveis, incluindo Glenda Walker, uma senhora com demência.
O principal suspeito passa a ser seu filho, Kyle, um escalador habilidoso que teria usado suas técnicas para acessar o quarto do hotel e cometer o crime. No final, Kyle e Iris são desmascarados e acabam se voltando um contra o outro.
Paralelamente, o episódio traz mais desenvolvimento sobre o caso do desaparecimento de Roman, o amor do passado de Morgan, e explora as dificuldades da protagonista em equilibrar sua vida profissional com suas responsabilidades familiares.
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Crítica do 3º episódio de Uma Mente Excepcional, do Disney+
O episódio 3 de “Uma Mente Excepcional” começa forte, mantendo o padrão dos anteriores ao apresentar um crime com reviravoltas interessantes e deduções inteligentes por parte de Morgan. Seu olhar meticuloso para detalhes triviais – como a forma das costuras das roupas ou a disposição das velas – continua sendo um dos grandes atrativos da série. A forma como as pistas são reveladas e como a trama se desenrola mantém o espectador engajado.
Entretanto, este episódio também escorrega em alguns pontos. O mistério do assassinato, embora instigante, segue uma estrutura previsível, especialmente para quem acompanha séries policiais há algum tempo. O formato procedural é bem executado, mas a solução do caso acaba não sendo tão surpreendente quanto poderia.
Conflitos pessoais e erros básicos
Além disso, os conflitos pessoais de Morgan se destacam, mas nem sempre de maneira positiva. O desentendimento entre ela e Ludo, seu ex-cunhado e cuidador de seus filhos, parece forçado e desnecessário, servindo apenas para inserir drama sem grande impacto na narrativa. A série já faz um bom trabalho ao mostrar Morgan tentando equilibrar sua nova função com sua vida pessoal, mas esse tipo de briga mal construída prejudica mais do que acrescenta.
Outro ponto que pode incomodar alguns espectadores é a insistência na ideia de que Morgan, apesar de brilhante, comete erros básicos. O fato de ela levar provas para casa mais uma vez demonstra uma falta de bom senso que, mesmo sendo uma característica da personagem, começa a soar repetitiva.
Química entre Morgan e Karadec
O grande destaque positivo do episódio, no entanto, é a crescente parceria entre Morgan e Karadec. A química entre os dois continua sendo um dos melhores elementos da série. Ele, sempre seguindo as regras, e ela, resolvendo tudo do seu jeito, formam um equilíbrio interessante que adiciona dinamismo à investigação. A forma como Karadec começa a reconhecer o valor das deduções pouco convencionais de Morgan mostra uma evolução sutil, mas eficaz, da relação entre os personagens.
Além disso, o mistério sobre Roman promete render bons momentos nos próximos episódios. As pistas que vão surgindo aos poucos aumentam a curiosidade e sugerem que esse enredo paralelo pode ser um dos mais intrigantes da temporada.
Conclusão
O terceiro episódio de “Uma Mente Excepcional” entrega mais um caso envolvente e reforça a inteligência fora do comum de Morgan, mas tropeça ao tentar inserir conflitos pessoais pouco convincentes. A investigação sobre o assassinato funciona bem e mantém o interesse, mas a previsibilidade do formato e alguns exageros no drama pessoal impedem que o episódio alcance seu potencial máximo.
Ainda assim, a série continua divertida e bem conduzida, com boas interações entre os personagens e pistas interessantes sobre mistérios maiores que ainda serão explorados. Se os próximos episódios conseguirem equilibrar melhor os aspectos investigativos e emocionais, “Uma Mente Excepcional” pode se consolidar como uma ótima opção para quem gosta de séries policiais com um toque de humor.
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Onde assistir à série Uma Mente Excepcional?
A série está disponível para assistir no Disney+.
Trailer do episódio 3 de Uma Mente Excepcional (2024)
Elenco de Uma Mente Excepcional, do Disney+
- Kaitlin Olson
- Daniel Sunjata
- Javicia Leslie
- Deniz Akdeniz
- Amirah J
- Matthew Lamb
- Judy Reyes
- Taran Killam
- JD Pardo
- Garret Dillahunt
Ficha técnica da série Uma Mente Excepcional
- Título original: High Potential
- Criação: Drew Goddard
- Gênero: drama, suspense, policial
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 12
- Classificação: 14 anos