A nova série documental da HBO Max, “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça”, estreia com um impacto devastador ao revisitar uma das maiores tragédias marítimas da história do Brasil.
Dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra, a produção explora as causas e consequências do naufrágio do Bateau Mouche IV na virada de 1988 para 1989, que resultou na morte de 55 pessoas.
Combinando imagens de arquivo, recriações cinematográficas e depoimentos exclusivos, o documentário busca não apenas recontar os fatos, mas também questionar por que a justiça ainda não foi feita.
Sinopse série Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça (2025)
O primeiro episódio apresenta um panorama detalhado da tragédia, introduzindo os espectadores à atmosfera festiva que antecedeu o desastre. A bordo do Bateau Mouche IV, mais de 140 passageiros esperavam celebrar o Ano Novo assistindo às tradicionais queimas de fogos em Copacabana.
No entanto, a embarcação superlotada, operando de forma irregular, não resistiu ao mar agitado e afundou em questão de minutos. O episódio destaca os momentos de desespero e o impacto imediato do naufrágio, além de apresentar os primeiros depoimentos de sobreviventes e especialistas.
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Crítica de Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça, da Max
A produção acerta ao utilizar uma abordagem cinematográfica para recriar o ambiente do naufrágio. As cenas filmadas em um tanque de 40 metros de comprimento e 25 metros de profundidade proporcionam uma imersão realista, intensificando a dramaticidade do momento. O uso de imagens de arquivo, intercaladas com dramatizações e entrevistas, cria um ritmo envolvente que prende o espectador do início ao fim.
Mas o grande trunfo do episódio são os depoimentos. Sobreviventes compartilham relatos arrepiantes de como escaparam da tragédia, enquanto familiares das vítimas expressam a dor de perder entes queridos em um desastre que poderia ter sido evitado. Figuras conhecidas, como Bernardo Amaral, filho da atriz Yara Amaral, oferecem perspectivas emocionantes sobre o impacto da perda e a luta por justiça.
Crítica à negligência e à impunidade
Mais do que um relato histórico, o primeiro episódio da série “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça” faz uma forte crítica às falhas do sistema de fiscalização e à impunidade que se seguiu ao desastre.
O capítulo destaca como irregularidades na segurança da embarcação foram ignoradas e como, mais de 30 anos depois, os processos ainda se arrastam na Justiça. O documentário consegue conectar o passado ao presente, mostrando que os problemas estruturais que causaram a tragédia continuam existindo.
Conclusão
O primeiro episódio de “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça” é um soco no estômago. Com uma abordagem envolvente e emocionalmente carregada, a série não apenas revive um dos momentos mais tristes da história brasileira, mas também denuncia as falhas institucionais que permitiram que essa tragédia ocorresse. É um documentário essencial para quem busca compreender os impactos de negligência e corrupção no Brasil.
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Onde assistir à série Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça?
A série está disponível para assistir na Max.
Trailer de Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça (2025)
Elenco de Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça, da Max
- Fátima Bernardes
- Malu Mader
- Bernardo Amaral
Ficha técnica da série Bateau Mouche – O Naufrágio da Justiça
- Criação: Tatiana Issa, Guto Barra
- Gênero: documentário, policial
- País: Brasil
- Temporada: 1
- Episódios: 3
- Classificação: 14 anos