Crítica do Episódio 05 da Temporada 02 de A Casa do Dragão

Foto: Max / Divulgação

O episódio 5 da temporada 2 de “A Casa do Dragão” (House of the Dragon) trouxe mais jogo político e esquentou o clima para as próximas batalhas, porque nem só de luta, fogo e sangue vive um reinado. Por mais que tenha sido mais parado em relação às batalhas do que o seu antecessor, a ascensão de Aemond e o início da revolta da corte de Porto Real aumentaram a expectativa para o futuro da casa Targaryen.

Sinopse do episódio 5 da temporada 2 de A Casa do Dragão (2024)

No episódio 05 da segunda temporada de “A Casa do Dragão”, intitulado “Regente”, a tensão política e os conflitos de poder alcançam novos patamares com a queda inesperada (e bem planejada por seu irmão Aemond) do rei Aegon Targaryen II. Enquanto não se sabe do futuro do rei, é preciso escolher um novo regente e Alicent se depara com a verdade: seus aliados nunca foram, de fato, seus, mas sim da coroa. À medida que as facções lutam para garantir sua posição no trono e estabelecer sua influência sobre os assuntos do reino, manobras políticas se intensificam, e as lealdades são testadas enquanto cada lado busca uma vantagem decisiva.

Ao mesmo tempo, “Regente” foca na luta pelo controle do reino, enquanto o povo percebe que está sucumbindo em uma guerra por poder interno. O episódio destaca as complexidades das relações entre os membros da família real e os líderes de diferentes facções, mostrando como a disputa pelo poder pode resultar em traições e mudanças inesperadas. As intrigas e as tensões se intensificam, preparando o terreno para novos desenvolvimentos e conflitos que testarão a capacidade dos personagens de navegar pelo intrincado jogo de poder que define o futuro da Casa Targaryen.

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Crítica do episódio 5 da temporada 2 de A Casa do Dragão

Seguindo o ritmo dessa temporada de um episódio bom para dois episódios medianos, era de se esperar que ‘Regente’ não entregasse tanto quanto o episódio anterior. Mas, em uma série com poucos episódios para construir uma narrativa tão grandiosa quanto ‘A Casa do Dragão’, peças precisam ser colocadas na mesa a cada novo capítulo.

Enquanto o povo assiste incrédulo o desfile dos campeões verdes de volta a Porto Real com a cabeça de Meleys, a insatisfação da população cresce com a fome aumentando e a certeza de que essa guerra de egos cuspidores de fogo não vai trazer nada satisfatório. Hugh Hammer (Kieran Bew) vai ganhando destaque na trama para felicidade de todos que leram a obra e para curiosidade dos que estão assistindo sem nenhum spoiler. Conforme o tempo de tela do ator cresce sabemos que algo novo está por vir.

Bem longe de Porto Real, Daemon (Matt Smith) ainda está em Harrenhal perdido em devaneios e com fantasias sexuais cada vez mais bizarras (até mesmo para quem está habituado a todo tipo de bizarrice oferecida por Game Of Thrones). Longe das batalhas e da politicagem, o plot do Dragão Negro parece se distanciar demais da dinâmica do restante dos outros personagens, o que vai cansando e destruindo a coesão da narrativa. Daemon está cada vez mais longe do personagem que já foi e que daria a vida por sua rainha e agora se mostra apenas sedento pelo próprio reinado, insistindo em ser chamado de rei e em fazer escolhas pífias que desdenham o grande lutador que ele foi na primeira temporada.

Alicent (Olivia Cooke) finalmente entende seu papel na corte, ou a falta de papel quando é preterida no conselho e assiste de camarote à ruína dos filhos e a morte de todos aqueles que ela ama. Nesse aspecto, Rhaenyra (Emma D’arcy) também não está muito distante de ser apenas uma mulher para quem o poder jamais será ofertado. Seu conselho continua a desafiando e ela precisa que Jacaerys (Harry Collet) faça alianças por ela, já que, além de não saber batalhar, como ela declama ao longo do episódio, ela também parece ter se esquecido de saber fazer política.

Em pouco mais de uma hora em que muitas conversas ocorrem, apenas poucas coisas do episódio são memoráveis, como o confronto quase silencioso de Helaena Targaryen para Aemond ou a falta de Baela para Corlys, lembrando ao avô que ela é uma Targaryen.

Conclusão

O episódio 5 da temporada 2 de “A Casa do Dragão” não vai entrar para o hall dos episódios memoráveis da franquia que já entregou. É claro que em meio ao caos, é necessário a presença de episódios tecnicamente políticos, mas isso não os impede de ser interessantes. Até porque, para os bons fãs de Game Of Thrones, nada é mais poderoso do que uma informação, ganhando até mesmo de dragões.

Personagens que deveriam ser mais inteligentes e articuladores, como as duas rainhas (verde e preta), se mostram mais enfeite cenográfico do que estrategistas, enquanto jovens vão em busca de luta e o povo sucumbe à fome e loucura.

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Onde assistir à série A Casa do Dragão?

A série está disponível para assinantes da Max.

Trailer do episódio 4 da temporada 2 de A Casa do Dragão

Elenco de A Casa do Dragão, da Max

  • Rhys Ifans
  • Matt Smith
  • Fabien Frankel
  • Graham McTavish
  • Steve Toussaint
  • Eve Best
  • Emma D’Arcy
  • Matthew Needham
  • Olivia Cooke
  • Ewan Mitchell

Ficha técnica da série A Casa do Dragão

  • Título original da série: House of the Dragon
  • Criação: Ryan J. Condal, George R.R. Martin
  • Direção: Clare Kilner, Geeta Vasant Patel, Alan Taylor, Andrij Parekh, Loni Peristere
  • Roteiro: Ryan J. Condal, George R.R. Martin, Ti Mikkel
  • Gênero: ação, aventura, drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 2
  • Episódios: 8 (apenas 5 estão disponíveis)
  • Classificação: 16 anos

Sobre o autor

3 thoughts on “A Casa do Dragão’ (T2E5): fogo, fome, poder e muito jogo político

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