É provável que você nunca tenha ouvido falar em Hari Seldon — e talvez tenha chegado até aqui querendo saber se ele é real ou ficção. Afinal, ele é o criador da Psico-História, a ciência capaz de prever o comportamento coletivo da humanidade ao longo dos séculos.
E a resposta é curiosa: no universo de Asimov, Hari Seldon é ambos — real e ficcional. Um personagem tão bem construído que parece ter existido, e uma ideia tão visionária que quase poderia ter sido concebida por um cientista de verdade.
📚 De Asimov à Apple TV: um salto galáctico
Se você já leu os livros de Isaac Asimov, sabe do que estou falando. Mas se ainda não leu, não tem problema: recomendo assistir à série Fundação, disponível na Apple TV, inspirada na lendária saga escrita nos anos 1960 por um dos maiores nomes da ficção científica.
Por outro lado, se quiser viver a experiência completa, leia antes um ou mais livros da trilogia. Assim, poderá formar sua própria visão dos mundos, das tecnologias e dos personagens densos criados por Asimov — e só então mergulhar na adaptação visual, que dá vida a tudo aquilo que só podia existir na imaginação.
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🪐 Para os que vieram do papel
Para quem, como eu, leu Fundação há muitos anos e criou em sua mente uma rede de conexões entre galáxias, robôs e impérios interplanetários (calma, não estou falando de Star Wars!), a série é uma viagem no tempo — e na memória.
Os diálogos tocam em temas universais:
- o valor da vida humana,
- a ganância e a mesquinhez que atravessam os séculos,
- o misticismo e a fé dos povos,
- e, claro, os dilemas da lógica robótica e da razão pura.

🎬 A beleza do caos controlado
A produção é impecável. Cada detalhe visual foi pensado com cuidado: cenários suntuosos, fotografia impressionante, trilha sonora envolvente e efeitos que dão vida ao impossível.
Alguns atores parecem inicialmente frios ou contidos demais — mas com o tempo percebemos que isso é intencional. A aparente rigidez dá forma a um universo de personagens racionais, calculistas, quase matemáticos.
É a frieza da psico-história refletida nas expressões humanas.
🌈 Não é perfeita — e ainda bem
Fundação não é uma série perfeita. Mas, para quem cresceu sonhando com as descrições de Asimov, ela é a representação mais próxima daquele imaginário: cores abundantes, sons cristalinos, e uma atmosfera que equilibra razão e emoção.
Talvez, para avaliá-la com total isenção, eu nunca deveria ter lido os livros. Mas não me arrependo. Essas memórias tornam a experiência ainda mais intensa — como reencontrar um velho amigo, agora com um rosto novo.
🧩 Um futuro revisitado
Talvez um dia, quando eu nascer de novo, possa assistir novamente com a mente livre das lembranças literárias e escrever uma resenha puramente objetiva. Mas até lá, prefiro continuar sendo o velho nerd encantado com Hari Seldon e sua Fundação.
















